Drogas

Este projeto educacional, entre outros, desenvolvo com meus alunos há pelo menos dois anos. Consigo um resultado satisfatório com relação ao aprendizado.


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A partir dos diversos problemas relacionados ao uso indevido das drogas, uma das estratégias para prevenir é combatê-lo a partir da prevenção. Estudos realizados sobre as consequências deste problema mostram que desenvolver ações de prevenção se constitui como a melhor solução, não só para o indivíduo, como para toda a sociedade.

Sendo a escola um ambiente em que crianças, adolescentes e jovens passam considerável parte do seu tempo, deve ser um dos locais possíveis para se desenvolver o trabalho preventivo ao uso indevido de drogas e de conscientização dos malefícios de seu uso, com a discussão dos problemas biológicos decorrentes desse consumo e suas danosas consequências no corpo humano e para a sociedade, bem como as leis referentes às drogas.

Diante disso, fica evidente a necessidade de que os professores tenham subsídios para lidar com essas situações, em face de não formação e desinformação acerca desses assuntos para que possam abordar, de forma aberta, integrada, cooperativa e eficiente, as situações do cotidiano escolar, relacionando-as ao uso de drogas, bem como encaminhar (quando necessário) usuários e familiares para serviços especializados. É preciso desenvolver atividades pedagógicas que abranjam os direitos, deveres e virtudes.

Para o desenvolvimento de um projeto de prevenção ao uso de drogas é fundamental que o professor busque uma formação contínua, que aprofunde seus conhecimentos sobre a adolescência, inclusive em relação à questão droga. Porém, para que isso ocorra a escola deve oferecer condições para o desenvolvimento desse trabalho, além de ter dimensão integrada com outros profissionais.

É preciso que os professores conheçam as formas como os meios de informação e comunicação interferem nas relações sociais e culturais, e tenham discernimento sobre as implicações e a formação de identidades sociais e pessoais. Os educadores devem proporcionar uma educação voltada à inserção e à leitura crítica de mídias e tecnologias existentes no cotidiano do aluno. Devem integrá-las ao processo de ensino, criando novos espaços de conhecimentos, relacionando com a vida e articulando saberes para transformar o processo de ensino/aprendizagem.

As mídias estão inseridas no nosso dia a dia de maneira muito mais constante que temos consciência. Dessa maneira, precisamos, enquanto educadores, utilizá-las de forma que favoreçam o nosso aprendizado, bem como o de nossos educandos, de forma que a intenção do uso esteja clara para ambos. O bom uso das mídias pode tornar nossas aulas interessantes, mas não podemos perder de vista que o mais importante é, sempre, a clareza da intenção pedagógica que temos no processo educativo. Para desenvolver esse projeto algumas mídias serão utilizadas: a mídia impressa, a TV, o DVD, o rádio, entre outras. Para usar corretamente essas ferramentas, o educador necessita conhecê-las, buscando maneiras de utilização que qualifiquem as práticas pedagógicas.

Neste projeto, os alunos participaram de discussões e da construção de conceitos relacionados ao uso indevido de drogas, sua prevenção, bem como as leis que as envolvem, os prós e os contras da legalidade das drogas, países que usam algumas drogas com o intuito medicinal, entre outros assuntos contemporâneos que se fizeram importantes para a turma, interagindo com as linguagens de mídias e tecnologias, para o desenvolvimento de produtos que expressassem ideias, sentimentos, indagações e indignações. Ao mesmo tempo, essas produções podem gerar ações que ajudarão no engajamento desses jovens na vida escolar e comunitária. Mais do que informar, pretendemos educar jovens pelo trabalho, afastando-os de situações e envolvimento com as drogas e as suas consequências, o que significa desenvolver o potencial humano a partir das diversas ações e vivências que ocorreram no cotidiano das nossas atividades.

A utilização das diversas mídias e tecnologias como linguagens de expressão permitiu que os alunos atuassem como cidadãos, fazendo uso de suas habilidades e competências, algumas delas descobertas ao longo do processo, mostrando que é possível ser protagonista e fazer algo em prol de um mundo melhor para si e para os outros.

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