Disciplina - Ciências

Aula de campo - Canyon do Guartelá (Tibagi)

Nome do Autor: Leisa Moreira Melhoretto
Instituição / Escola: Colégio Estadual do Paraná
Município / Estado: Curitiba-Pr
Conteúdo: Aula de Campo - Canyon do Guartelá (Tibagi)
Série: Ensinos Fundamental e Médio

Relato

Foi escolhido como laboratório da pesquisa o município de Tibagi, que é o maior do Estado do Paraná. O projeto desenvolvido desde 2001 possui um cronograma que vai desde as orientações e explicações em sala de aula sobre o município de Tibagi (associando sempre com os temas abordados nas Diretrizes Curriculares), até a realização da aula de campo, bem como posterior discussão e confecção de um painel, para encerramento do projeto.

Nos mais de 200 quilômetros que separam Curitiba de Tibagi, foram abordadas observações e comparações do espaço geográfico. No roteiro, estavam incluídos assuntos como o Museu do Garimpo, a Igreja Matriz, o artesanato, o ecoturismo, entre outros. Posteriormente, ocorreu um estudo no Canyon do Guartelá, o 6º maior do mundo, focando sua localização, formação geológica, biodiversidade, educação ambiental e a qualidade de vida.

Na semana seguinte foi discutido sobre a experiência da aula de campo e sanadas algumas dúvidas que por ventura existiram. Depois foram inseridas fotos e textos num painel, para divulgação e apreciação da comunidade escolar.

Objetivo geral

  • Desenvolver o espírito de pesquisa para compreender as diferentes paisagens e lugares, tendo como referência do estudo o município de Tibagi.

Objetivos específicos

  • Compreender o processo geológico de formação da região.
  • Reconhecer o espaço natural notabilizando as unidades e diversidade existentes.
  • Analisar o processo histórico e geográfico de ocupação da região.
  • Identificar as transformações espaciais tanto no aspecto natural quanto antrópico.
  • Reconhecer a importância de atitudes responsáveis de cuidado com o meio ambiente, evitando o desperdício e percebendo os cuidados necessários na preservação e conservação da natureza.
  • Aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula através da análise e da observação do local.

Problematização inicial


Sabe-se que o meio ambiente oferece aos seres vivos as condições essenciais para a sua sobrevivência e evolução. A sociedade humana não se sustenta sem água potável, ar puro, solo fértil e sem um clima ameno. Não há economia sem um ambiente estável, por isso, o objetivo do projeto foi trabalhar, durante algumas aulas, temas que mostrassem a eficácia do entendimento dos estudantes com relação aos inúmeros problemas ambientais e como o ser humano pode interferir nesse espaço de maneira sustentável.

Dessa forma, por meio das discussões, analisou-se como a maioria das pessoas ainda não compreendem como o desenvolvimento de suas atividades socioeconômicas destroem de forma irracional as bases da sua própria sustentação. Não percebem que dependem de uma base ecológica para a sua vida e a de seus descendentes. Vivem como se fossem a última geração sobre a Terra.

Portanto, com o objetivo de conscientizar os discentes e mostrar-lhes como são agentes transformadores da sociedade, podendo fazer a diferença, tanto em prol das gerações atuais quanto das gerações futuras, é que ocorreu a comparação com a modificação geológica do planeta e a ação antrópica.


Justificativa


Promovendo a interdisciplinaridade, o projeto, além de favorecer as várias áreas do conhecimento, objetiva, com o trabalho de campo, aplicar as informações adquiridas em sala de aula, por meio da análise e da observação do local, bem como o reconhecimento do espaço natural, notabilizando as unidades e diversidade da região.


Procedimentos metodológicos


O ponto de partida ocorreu por meio de explicações sobre o aspecto mundial da problemática ambiental, ou seja, partindo do aspecto global até o local. O município de Tibagi se tornou um laboratório de pesquisa nesse projeto, considerando as transformações naturais e antrópicas que alteram o espaço geográfico.

Algumas aulas com explicações sobre o tema e utilização de recursos didáticos, como fotos, jornais, revistas, vídeos, entre outros, estimularam a aprendizagem e aguçaram a curiosidade em conhecer o local a ser pesquisado.

Dessa maneira, a aula de campo desenvolveu o espírito de pesquisa para compreender as diferentes paisagens e lugares, bem como reconhecer a importância de atitudes responsáveis de cuidado com o meio ambiente, evitando o desperdício e percebendo os cuidados necessários na preservação e conservação da natureza.

Posteriormente, os educandos fizeram apresentações reflexivas sobre os diversos assuntos abordados e o projeto foi finalizado com a confecção de um painel, com fotos e textos, para apreciação da comunidade escolar.


Informações gerais


O Parque Estadual do Guartelá foi criado em 27 de Março de 1992, com o objetivo de resguardar o ecossistema local. Sua formação geológica remonta a Era Paleozoica, no Período Devoniano, há mais de 400 milhões de anos.

As espécies animais e vegetais típicas do cerrado, o canyon com aproximadamente 32 km ao longo do rio Iapó (afluente do Rio Tibagi), as formações areníticas, as inscrições rupestres, a história e a cultura do local e a educação ambiental, foram alguns dos assuntos discutidos na aula de campo.


Referências

SARIEGO, José Carlos. Educação Ambiental. As ameaças ao Planeta Azul. São Paulo: Editora Scipione, 1994.
LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Território e sociedade no mundo globalizado. São Paulo: Editora Saraiva, 2005.
SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Espaço geográfico e globalização. São Paulo: Editora Scipione, 2000.
http://www.socioambiental.org
http://www.folha.uol.com.br
http://www.embrapa.com.br
http://www.unesco.com.br
http://www.greanpeace.com.br






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